O que é o autismo?
Autismo. 'Auto' significa "referente a si
mesmo"; 'ismo' indica estado ou ação. O termo faz referência à principal
característica do indivíduo que vive o transtorno autista, que é
resignar-se a si mesmo, pouco comunicar-se, ter dificuldade em interagir. Isolar-se.
Hoje, no dia mundial do Autismo, é preciso lembrar que muitos problemas
vivenciados pela sociedade começam a ser resolvidos quando vamos de
encontro ao outro, lhe dando as mãos, oferecendo ajuda, colaborando com a
nossa parte.
O Autismo é, pelas próprias características do transtorno, um grande exemplo disso.
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O autismo, também chamado de Transtorno do Espectro Autista, é um
Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) que tem influência genética e
é causado por defeitos em partes do cérebro, como o cerebelo, por
exemplo.
Caracteriza-se por dificuldades significativas na
comunicação e na interação social, além de alterações de comportamento,
expressas principalmente na repetição de movimentos, como balançar o
corpo, rodar uma caneta, apegar-se a objetos ou enfileirá-los de maneira
estereotipada. Todas essas alterações costumam aparecer antes mesmo dos
3 anos de idade, em sua maioria, em crianças do sexo masculino.
Para
o autista, o relacionamento com outras pessoas costuma não despertar
interesse. O contato visual com o outro é ausente ou pouco frequente e a
fala, usada com dificuldade. Algumas frases podem ser constantemente
repetidas e a comunicação acaba se dando, principalmente, por gestos.
Por isso, evita-se o contato físico no relacionamento com o autista - já
que o mundo, para ele, parece ameaçador. Insistir neste tipo de contato
ou promover mudanças bruscas na rotina dessas crianças pode desencadear
crises de agressividade.
Para minimizar essa dificuldade de
convívio social, vale criar situações de interação. Respeite o limite da
criança autista, seja claro nos enunciados, amplie o tempo para que ele
realize as atividades propostas e sempre comunique mudanças na rotina
antecipadamente. A paciência para lidar com essas crianças é
fundamental, já que pelo menos 50% dos autistas apresentam graus
variáveis de deficiência intelectual. Alguns, ao contrário, apresentam
alto desempenho e desenvolvem habilidades específicas - como ter muita
facilidade para memorizar números ou deter um conhecimento muito
específico sobre informática, por exemplo. Descobrir e explorar as
'eficiências' do autista é um bom caminho para o seu desenvolvimento.
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