sexta-feira, 1 de março de 2013

DIA 15 DE FEVEREIRO DE 2013

 

VISITA E REUNIÃO NAS ESCOLAS DAS COMUNIDADES DOS SÍTIOS JARAMATAIA E LAJE GRANDE - OBJETIVO: EXPLANAR A RESPEITO DO ENSINO EM CLASSES MULTISSERIADAS E EDUCAÇÃO DO CAMPO


* JARAMATAIA (Reunião presidida por Marcelo Saturnino. Participação das coordenadoras Adriana Maria e  Jaíde Fernandes. Ata redigida por Rosa Xavier).



             CLASSES MULTISSERIADAS - Organização do ensino nas escolas em que o professor trabalha, na mesma sala de aula, com várias séries simultaneamente.             
            As classes multisseriadas existem principalmente nas escolas do meio rural, visando diminuir a evasão escolar, ou em projetos específicos, baseados na metodologia da aceleração e no telecurso, buscando atrair crianças e adolescentes em situação de rua, analfabetas ou defasadas em seus estudos, para que possam aprender e serem convencidos a continuar na vida escolar.
            Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) consideram que a organização dos alunos em grupos de trabalho influencia o processo de ensino e aprendizagem, além de poder ser otimizada quando o professor interfere na organização desses grupos. Nesse contexto, os PCNs orientam para que nas classes multisseriadas reuna-se grupos que não sejam estruturados por série e sim por objetivos, em que a diferenciação se dê pela exigência adequada ao desempenho de cada um.


* LAJE GRANDE (Realização: Marcelo Saturnino, Fátima Marques e Adriana Maria





           
 
          
            A Educação do Campo deve ser compreendida como um local em que emerge várias reflexões sobre a diversidade existente no local, por isso sua prática deve ser dinâmica e heterogênea. Com isso se requer um profissional que desafie sua própria formação, que não seja aquele transmissor de conteúdos que reproduz as idéias da classe dominante, mas sim aquele que fomente nos seus alunos a busca pelo conhecimento, onde faça com que eles consigam entrelaçar os conhecimentos científicos com os saberes do cotidiano. 
         Ela nasceu como mobilização/pressão de movimentos sociais por uma política educacional para comunidades camponesas: nasceu da combinação das lutas dos Sem Terra pela implantação de escolas públicas nas áreas de Reforma Agrária com as lutas de resistência de inúmeras organizações e comunidades camponesas para não perder suas escolas, suas experiências de educação, suas comunidades, seu território, sua identidade.
            A Educação do Campo nasceu tomando/precisando tomar posição no confronto de projetos de campo: contra a lógica do campo como lugar de negócio, que expulsa as famílias, que não precisa de educação nem de escolas porque precisa cada vez menos de gente, a afirmação da lógica da produção para a sustentação da vida em suas diferentes dimensões, necessidades, formas. E ao nascer lutando por direitos coletivos que dizem respeito à esfera do público, nasceu afirmando que não se trata de qualquer política pública: o debate é de forma, conteúdo e sujeitos envolvidos.  Nasceu também como crítica a uma educação pensada em si mesma ou em abstrato; seus sujeitos lutaram desde o começo para que o debate pedagógico se colasse à sua realidade, de relações sociais concretas, de vida acontecendo em sua necessária complexidade.
 




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